Consumo Consciente: uma responsabilidade de todas e todos 

Em setembro de 2015, líderes mundiais e representantes da sociedade civil reuniram-se na sede da ONU, em Nova York, e criaram um plano de ação para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que todos os povos e nações alcancem a paz e a prosperidade até 2030. Esse plano, conhecido como Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, resultou na criação de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O ODS de número 12 trata especificamente do “Consumo e Produção Responsáveis”.

Mas o que isso quer dizer na prática, no nosso dia a dia?

Sabemos que consumir de forma exagerada, sem refletir sobre a real necessidade do produto em questão ou às vezes atraídos por preços convidativos, é uma das grandes ameaças ao futuro da vida no planeta – com efeitos que já podemos sentir hoje: segundo dados da ONU Meio Ambiente, o Brasil produz cerca de 541 mil toneladas de lixo ao dia, representando 40% do total gerado em toda a América Latina. E o que garante essa posição é o excesso na produção de resíduos sólidos, que segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, são definidos como sendo todo material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade.

A forma de enfrentar o problema é repensar nossos hábitos de consumo. Mas não se trata apenas do volume de produtos que adquirimos. Tem a ver também com a qualidade. São produtos duráveis? Precisarão ser substituídos muito cedo? 

Além disso, é fundamental também ficar de olho na procedência do que compramos. Foi produzido por mão-de-obra em condições éticas de trabalho? Envolve trabalho infantil? Linhas de produção que se valem de condições muitas vezes desumanas também são nossa responsabilidade, como consumidores, que fazemos parte da cadeia de consumo.